A verdade sobre admitir grávidas em empresas

discriminação laboral

Já é um fato conhecido que mulheres são discriminadas no processo de recrutamento para uma empresa. Se for mãe, então. Arranjar um emprego é uma verdadeira batalha para as mulheres.

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Segundo a psicóloga de gestão de pessoas, Nathália Lopes, devido a ordens superiores teve que recusar muitas das candidaturas simplesmente porque as candidatas tinham filhos. Isto fazia com que tivesse que recusar jovens que encaixavam perfeitamente no perfil exigido pela empresa. Chegou mesmo a comunicar o caso de uma candidata com perfeitas condições para trabalhar para a empresa à sua chefe, o qual foi de imediato posto de lado. Apesar de ter tentado argumentar com a superior, Nathália teve o seu pedido de admitir a candidata recusado. Segundo Nathália, a candidata afirmou que teria quem pudesse tomar conta da criança mas a superior contrapôs:

“Se o menino ficar doente, ou precisar ir ao médico?” e “Se a avó não puder cuidar da criança um dia?”

 

Esta é a principal justificativa dada pelas empresas para recusar canditatas que pretendam engravidar ou que já tenham filhos pequenos. É muitas vezes difícil para as recrutadoras comunicar a recusa da empresa para as candidatas. Muitas recrutadoras desabafam que, como especialistas em gestão de pessoas, aprenderam nos cursos “a avaliar os candidatos pelas competências, habilidades e atitudes, nunca pelo critério de ter ou não filhos”

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Outra recrutadora, Camila Gobbi, mãe de uma menina de 1 ano e 8 meses, declara que esta pressão para recusar candidaturas é muito maior em mulheres que homem. A resposta dada às mulheres às quais era recusado o posto de trabalho recebiam respostas cuidadas e constantemente pressionadas por superiores. Quando feita a entrevista, segundo a recrutadora, os homens nunca são discriminados por ter filhos ou não.

Sobre as denúncias:

Muitos são os casos de denúncias dirigidas ao Ministério Público do Trabalho. O mesmo não consegue dizer quantos deles são atribuídos a mães discriminadas no trabalho. Contudo, em 2 anos (2014-2016) cerca de 38 procedimentos foram abertos por discriminação por género com denúncias como preferência dos empregadores por funcionários do sexo masculino, falta de creche ou local para amamentação.

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Contudo, é muito difícil fazer chegar uma denúncia por discriminação desse tipo, pois não existe uma prova física, e são casos muito dissimulados e escondidos. Para além disso o MP só aceitas denúncias efetuadas por mais de um empregado(a).

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A denúncia deve acontecer! Se foi vítima de desse tipo de abuso, denuncie e convença outras pessoas na mesma situação a denunciarem também!