Sofreu um aborto espontâneo? É direito seu ficar de luto

Nas primeiras semanas de gravidez, enquanto o bebê cresce lentamente na barriga da mãe, cresce também a ansiedade pela hora do parto. Durante toda a gestação, além de a mulher se preparar psicologicamente para o momento mais feliz da sua vida, que é ter seu bebê em seus braços, ela prepara também todo o ambiente a sua volta. Ela escolhe o nome do bebê, organiza o quarto, as roupinhas, a casa inteira para receber o novo integrante da família.

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Quando acontece um aborto espontâneo, a mulher mais do que ninguém entra em estado de choque pela perda repentina. Ninguém será capaz de sentir ou entender o que uma mãe sente no momento em que descobre que sua gravidez foi interrompida.

De acordo com especialistas da área maternoinfantil, quanto maior o tempo de gravidez, maior é o vínculo com o bebê que está em desenvolvimento no seu útero. Nesse tempo de gestação as mães costumam sonhar com todos os detalhes dos seus filhos, desde as características físicas, até a personalidade quando crescer. É um mundo cheio de expectativas que desmorona quando um aborto espontâneo acontece.

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É importante que todo apoio possível seja direcionado à mãe nesse momento, sem impedir que o luto por um pequeno anjo aconteça.

É certo que cada mulher vivencia isso de uma forma completamente diferente da outra e isso vai depender do apoio que ela tem do companheiro e de toda a família. É importante que todo apoio possível seja direcionado à mãe nesse momento, sem impedir que o luto aconteça. Muitas famílias evitam falar no assunto ou tentam adicionar centenas de distrações no dia a dia da mãe, mas esse não é o melhor modo de lidar com a situação.

Como toda forma de luto ou depressão, caso o sentimento seja sufocado, fica difícil para a pessoa seguir em frente de maneira realmente saudável. Muitas famílias induzem a mulher a se sentir bem e já planejar novos filhos e aquele sentimento de dor e de perda não consegue ser curado completamente.

O aborto não é culpa da mãe

A menos que uma mãe realmente tenha tentado perder a criança de algum jeito, o aborto absolutamente não é culpa dela. Quantas vezes já se ouviu mulheres se perguntando o que tinham feito de errado para que aquilo acontecesse? A dúvida se foi um esforço físico, um estresse, ou até mesmo um castigo divino. A resposta é que a autopunição não é solução para nada.

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“Quando acontece um aborto espontâneo, a mulher mais do que ninguém entra em estado de choque pela perda repentina.”

É importante que a família e o companheiro deixem isso sempre claro: nós não temos o controle absoluto sobre nossas vidas, por isso não podemos controlar tudo que acontece com o nosso corpo e à nossa volta.

No entanto, caso o sentimento de autopunição ou auto piedade não cessar com o passar do tempo, é importante procurar apoio médico. O processo de luto é sim necessário, mas ele precisa ter um início e um fim.

O apoio dos que estão próximos

O aborto é uma situação extremamente traumática para os envolvidos, por isso é necessário todo o suporte possível para a mãe e também para o seu companheiro. É necessário que as pessoas sejam acolhedoras e tenham tato na hora de lidar como assunto. Compreender a tristeza, e buscar incentivar a pessoa a retomar sua vida é a melhor maneira de atravessar essa situação. Coloque-se sempre no lugar do outro, respeitando a vida e os sentimentos de cada um.

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E você conhece alguém que precisou de apoio após um aborto espontâneo? Então nos conte através dos comentários e não deixe de compartilhar esse artigo e ajudar outras pessoas com essas informações!