“Afogamento seco” pode ter matado criança de 4 anos: saiba o que é

Uma criança norte-americana de 4 anos faleceu sete dias depois de brincar numa represa.

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Suspeita-se que o motivo da sua morte tenha sido “afogamento seco”, quadro raro em que existe um atraso na resposta física do organismo depois da inalação da água.

O menino estava brincando com a água na altura dos joelhos quando uma onda provocada por um navio o atingiu e ele caiu.

Segundo o pai, o menino ficou com a cabeça embaixo d’água durante algum tempo, mas um amigo da família colocou a criança novamente em pé, confirmando que não tinha ocorrido nada grave.

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No resto do dia, o menino agiu normalmente. À noite, a criança começou a vomitar e ter diarreia.

Os pais acharam que tudo se devia a um distúrbio no estômago, que tinha sido diagnosticado algum tempo antes e, por isso, decidiram seguir o tratamento desse problema com a criança em casa, sem levá-la ao médico.

Porém, os sintomas não acalmaram no decorrer da semana. Pelo contrário, até pioraram: a família somente transportou o menino ao hospital quando ele acordou de madrugada, com dor no ombro.

A criança chegou inconsciente. As tentativas de reanimação não deram certo.

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A equipe médica achou edemas nos pulmões e perto do coração. Por isso, existe a suspeita de que o menino faleceu devido a um “afogamento seco”.

Os sintomas do “afogamento seco” podem começar ocorrendo 24 horas depois do incidente com a água

O que é um “afogamento seco”?

Também chamado de “afogamento secundário” e de “edema agudo de pulmão ex-vacuum” (considerado o termo mais correto), consiste na aspiração da água para a laringe, a zona das cordas vocais.

Sempre que algo toca na laringe, ocorrem uns espasmos, ou seja, umas contrações involuntárias dos músculos que podem ter a duração de segundos.

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Quando a pessoa tenta respirar com um pouco mais de intensidade com a laringe completamente fechada, ocorre uma pressão negativa na zona do tórax e o líquido que se encontra no sangue se liberta para o interior do pulmão, causando edema agudo de pulmão.

A sensação é aflitiva. Como se estivéssemos tentando respirar intensamente, mas com o nariz e a boca tampados.

Quais são os perigos desse edema?

Impede as trocas de ar: o pulmão já não é mais capaz de receber oxigênio e de devolvê-lo para o sangue. A oxigenação sanguínea sofre uma descida e há diminuição dos batimentos cardíacos. Pode ocorrer uma parada respiratória e, depois, uma parada cardíaca.

OS PRINCIPAIS SINTOMAS DE UM “AFOGAMENTO SECO” SÃO FALTA DE AR, TOSSE E FADIGA

Quais são os sintomas?

Tosse é um dos principais sintomas desse edema

Os principais são falta de ar, tosse, fadiga, lábios e pontas de dedos roxas.

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Além disso, pode ser observada respiração ofegante e transtorno mental.

Essas manifestações costumam ocorrer nas primeiras 24 horas depois do incidente.

A diarreia e os vômitos não são considerados sintomas: no caso da criança norte-americana, eles só devem ter surgido devido a uma irritação provocada pela água ou a uma infecção causada por bactérias.

Qual o tratamento?

Mal chega ao hospital, o paciente recebe suporte ventilatório e cardiorrespiratório.

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Existe ainda uma verificação da presença de oxigênio no sangue e há uma avaliação da atividade elétrica do coração para confirmar a existência ou não de arritmia cardíaca.

Após o paciente ficar estável, ele ainda passa por exames que comprovam o que realmente aconteceu.

O médico irá verificar se é necessário internamento na UTI.

Criança tem de ficar internada na UTI

No decorrer do internamento, a equipe médica recorre ainda a um suporte respiratório com pressão positiva – a intubação não invasiva.

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É utilizada uma máscara que faz uma pressão para a saída do líquido do pulmão. Desse modo, o líquido regressa para o sangue.

Como evitar?

Como é um quadro bastante raro, não tem de se preocupar sempre que os pequenos acabam mergulhando sem querer ou caem na água.

Caso isso ocorra, você somente tem que confirmar se a criança se comporta naturalmente nas 24 horas que se seguem.

Nunca se esqueça: é fundamental permanecer junto das crianças sempre que elas estiverem brincando com água. Esse é o único meio de prevenção.

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