A ciência explica o elo entre pais e filhos
Amar é um aprendizado e essa conexão é explicada por cientistas. Aquela ligação considerada especial ocorre não só com os filhos biológicos, mas também com os adotados porque somos programados para criar laços com nossos filhos.
Ou seja, pais e mães são ensinados a amar os filhos. Isso acontece por sua forma de comportamento em grupo.
Aquelas emoções que permeiam as pessoas antes mesmo do nascimento das crianças são uma resposta à expectativa para o que o futuro reserva com uma nova criança.
Existem as transformações químicas que garantem a sobrevivência da criança, mas o amor, esse é o que os cientistas que estudam o comportamento denominam de construção social.
Isso quer dizer que cada povo vai tratar de uma maneira as suas crianças.
Dessa maneira, até mesmo os hormônios liberados na gravidez e nascimento deixam de ser apenas uma resposta do organismo. Eles passam a refletir o que há no universo da família daquela criança.
Quantas mulheres ouvem que é preciso ter calma, afastar o estresse para garantir uma gestação segura?
E quantos são os conselhos para que a criação dos filhos seja feita da maneira mais tranquila e segura possível?
A explicação está em como o comportamento reflete no organismo. Com o amor é a mesma coisa. As expectativas, a convivência, o toque, isso e muito mais ajudam a criar sensações que o corpo responde quimicamente.
Amor é química e no organismo tem um nome específico: oxitocina – hormônio responsável pela reprodução de sensações boas. A oxitocina é elevada aos níveis máximos no nascimento do bebê e ajudam a controlar, até mesmo, as dores do parto.
Há quem defenda que as sensações produzidas pela oxitocina são tão fortes que podem viciar. De uma maneira simplista e simplória, seria o mesmo que dizer que pais e mães são viciados em amor.
Quanto mais dele melhor. É o amor quem define o planejamento do bebê, os primeiros cuidados e a educação das crianças.
Mesmo com a brincadeira inevitável de que vicia, amor de mais não estraga. Ao contrário, ajuda a criar filhos seguros e independentes.
Nem todos se apaixonam à primeira vista
Algumas pessoas não vão sentir aquele esperado click quando o bebê chegar. Isso não é motivo para culpa e só reforça a tese de que o amor é construído.
É preciso existir um porquê para amar. Para mulheres que acabam de parir, o momento é o fim de um ciclo de estresse e o início de outro. No meio dele, um bebê por quem ela mudou toda a vida e a quem ela, talvez de maneira inconsciente, espere algum tipo de recompensa afetiva.
O cansaço, as dores e o medo podem bloquear a ação da oxitocina. A partir disso começa um exercício também inconsciente e a conquista diária em cada fralda trocada e noite em claro.
Para tentar incitar a liberação da oxitocina, uma dica é tentar o contato pele a pele. Essa é a estratégia usada em hospitais que atendem bebês prematuros e aplicam o chamado método canguru.
Se os filhos já vierem maiores, crescidos e cheios de história, o olho no olho, a paciência e abertura para o novo auxiliam. É assim nos casos de adoção. Amor também é hábito.
Seriam indelicados aqueles mergulhos no chão quando eles protagonizam uma birra?
Para alguns, a birra pode ser um sinal de afeto. Por meio dela os pequenos manifestam a confiança que têm no adulto e indicam suas vontades e desejos.
Talvez alguns sintam tanta segurança da manifestação cercada de berros e sapateados, que não têm a menor cerimônia em testar.
É como se pudessem dizer que podem tudo com seus cuidadores e testam cada limite ao máximo.
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