5 cirurgias que podem ser realizadas em bebês dentro do útero

O avanço na tecnologia médica tem facilitado o tratamento a problemas no feto que antes só podiam ser corrigidos após o nascimento.

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A cirurgia intrauterina não é mais uma novidade e é recomendada dependendo do quadro da criança

Conheça 5 procedimentos que ajudam a garantir a saúde do bebê:

1. Abertura do diafragma

O nome é “hérnia diafragmática fetal”. Esse problema ocorre quando há uma abertura no diafragma do feto e que, se não for tratada, pode impedir o desenvolvimento do pulmão.

Quando a hérnia está aberta, é possível que o estômago e o fígado subam. Para corrigir, os médicos fazem um procedimento denominado fetoscopia (modalidade cirúrgica que utiliza um endoscópio de fibra ótica).

O procedimento para corrigir essa abertura do diafragma consiste na colocação de um balão na traqueia do feto. Dessa forma, há mais chances para o desenvolvimento do pulmão.

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Antes do procedimento, esse tipo de problema reduzia em até 50% a chance de vida do bebê.

2.Problemas no coração do feto

As chamadas cardiopatias fetais podem afetar o coração de diversas formas. Algumas podem, inclusive, impedir a passagem de sangue e colocam a vida do bebê em risco.
Quando há risco elevado, os médicos avaliam a possibilidade de operar o órgão ainda no útero.

3. Transfusão feto-fetal

É identificado na gravidez de gêmeos. Os seus vasos sanguíneos estão conectados, e um bebê acaba recebendo parte do sangue do outro, ficando um com excesso e outro com falta de sangue.

Como ainda há circulação de sangue entre os vasos sanguíneos de um bebê para o outro, aquele que está bem de saúde precisa bombear mais sangue e, isso, sobrecarrega o coração.

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Também neste caso é indicada a fetoscopia. A partir dela, o médico vai cauterizar os vasos na placenta. O procedimento pode ser feito entre o fim de segundo trimestre de gestação e o início do terceiro.

Quando há a correção, as chances de sobrevivência do feto sobem de 5% para 85%. E caem os riscos de lesões neurológicas de até 30% para 5%.

4. Tumores

Há tumores na placenta, nádegas e no pescoço que podem prejudicar o desenvolvimento do bebê. Isso acontece porque o tumor cresce muito e faz com que o coração do bebê faça muito esforço para bombear sangue.

Se há sobrecarga, também é feita a cirurgia intrauterina para aumentar as chances de sobrevivência do bebê.

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5. Feto acárdico

Nas gestações de gêmeos, há situações em que um deles não tem todos os órgãos. Entre esses órgãos está o coração.

Quando isso acontece, o coração do bebê saudável bombeia sangue para os dois e pode ficar sobrecarregado.

Essa condição é denominada de “feto acárdico” e, se não for corrigida, o bebê saudável pode morrer.

Também neste caso é feita a fetoscopia, que vai fechar os canais de comunicação e garantir a vida do bebê, cuja chance de sobrevivência cresce em 85%.

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Atenção: as indicações médicas para a realização de uma cirurgia intrauterina ocorrem em situações extremas. Sempre peça uma segunda opinião.

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