Clomid: saiba o que é, para que serve e como tomar
Muitas mulheres têm o sonho de serem mães, mas depois de várias tentativas, percebem que há algo as impedindo. Depois de uma consulta ao médico, descobrem que precisam fazer tratamento para infertilidade. O tratamento vai depender da causa da infertilidade, que é variável. Em alguns casos, a solução pode estar no medicamento chamado Clomid. Saiba mais sobre ele agora.
Veja também: O que é aborto retido, causas, sintomas e o que fazer
Conteúdos
Clomid: o que é e para que serve?
Entre as principais causas da infertilidade feminina estão a endometriose, a síndrome do ovário policístico e também problemas de ovulação. É para tratar dessa terceira causa que serve o medicamento Clomid, vendido na forma de comprimido, nas farmácias, sob prescrição médica e com apresentação de receita. Em sua composição está o clomifeno, recomendado para mulheres que não conseguem ovular.
Como tomar Clomid?
Quando o médico recomenda o tratamento para infertilidade feito com Clomid, ele explica exatamente como é que a mulher deve utilizar. Mas, de modo geral, o tratamento é feito em 3 ciclos. Para o primeiro ciclo, a dos é de 1 comprimido de 50 mg por dia, durante 5 dias.
Para as mulheres que não menstruam, o tratamento pode ser iniciado em qualquer momento do ciclo menstrual. Já se houver uma menstruação programada por meio de progesterona ou no caso de ocorrer a menstruação de forma espontânea, o medicamento deverá ser administrado a partir do 5º dia do ciclo.
Se nessa primeira fase ocorrer a ovulação, o médico não irá aumentar a dose para os próximos 2 ciclos. Mas se não ocorrer, o médico irá aumentar a dose do 2º ciclo para 100 mg, também durante 5 dias, e depois de 30 dias após o primeiro ciclo de tratamento. Se por acaso a mulher engravidar durante o tratamento, a medicação deve ser interrompida, pois o objetivo foi alcançado.
Como o Clomid funciona e quanto custa?
Bem, você já sabe que o Clomid é um medicamento recomendado para a infertilidade por falta de ovulação. Ele é um composto de uso seguro, desde que seja prescrito e acompanhado pelo médico, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
De acordo com a bula do medicamento, a forma que ele atua é estimulando o crescimento de óvulos para que sejam liberados pelo ovário e estejam preparados para serem fecundados quando a mulher estiver no seu período fértil.
Geralmente, a ovulação acontece de 6 a 12 dias após o uso do medicamento.
A média de preço desse medicamento é de R$50,00, podendo variar de acordo com a cidade e a farmácia.
Contraindicações
Mulheres com hipersensibilidade aos compostos do medicamento não devem utilizá-lo. Além disso, ele não é recomendado durante a gravidez, em mulheres com histórico de doença no fígado, tumores dependentes de hormônios, cisto no ovário e sangramento uterino anormal.
Por isso que é tão importante conversar com o médico e fazer exames antes de partir para o tratamento mais adequado, visando manter a saúde da mulher em perfeito estado, sem riscos de disfunções glandulares e lesões internas.
O que acontece se o tratamento não funcionar?
É muito importante que a mulher tentante saiba o que esperar do seu tratamento com Clomid, pois há sempre o risco de não funcionar. Geralmente, as mulheres conseguem ovular e engravidar logo no primeiro ciclo de tratamento.
Quando não dá certo no primeiro ciclo, o médico irá aumentar a dose para o segundo ciclo, mas nunca deve ultrapassar a dose de 100 mg, então fique atenta a isso quando estiver conversando com seu médico.
Se mesmo com a dosagem dobrada, e os três ciclos completados, a mulher não conseguir ovular, o diagnóstico deve ser revisto para que se estude a possibilidade de outro tipo de tratamento.
Cuidados a ter ao fazer o tratamento em Clomid
Mesmo recebendo as orientações do médico, nunca é demais saber como se cuidar durante o tratamento com Clomid.
Esqueci de tomar: e agora?
Quando a mulher está em tratamento e se esquece de tomar um dos comprimidos, ela não deve tomar dois de uma só vez para compensar. O que deve fazer é avisar ao médico imediatamente, pois esse esquecimento pode ser a causa de o tratamento não dar certo.
Ou seja, se quiser que tenha mais chance de funcionar, precisa se comprometer em não esquecer e tomar o medicamento.
Risco de câncer
Também é importante que a mulher esteja ciente dos riscos que corre ao se tratar com o Clomid. Por exemplo, o medicamento pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de ovário, em especial nas mulheres que nunca engravidaram.
Sintomas e efeitos colaterais
Além do risco de câncer, que precisa ser considerado, a mulher deve estar por dentro dos efeitos colaterais que poderá sentir, tais como:
- Visão turva ou com pontos e flashes;
- Risco de Síndrome de Hiperestimulação Ovariana;
- Interferência na síntese de colesterol quando feito uso prolongado;
- Alergia ao corante amarelo de tartrazina que faz parte da composição do medicamento.