Corpo lúteo: saiba como ele é importante para conseguir engravidar
Falar sobre gravidez rende muitas e muitas horas de conversa. Os assuntos vão desde os primeiros sintomas de gravidez, que muitas vezes são confundidos com os sintomas da TPM, até os detalhes do que acontece dentro do sistema reprodutor feminino para que a gestação seja possível. Um desses acontecimentos é a formação do corpo lúteo. Já ouviu falar nesse termo? Aproveite para saber um pouco mais e conhecer melhor o funcionamento do seu organismo.
Veja também: o que é e o que fazer no caso de bolsa rota
Conteúdos
O que é corpo lúteo?
O corpo lúteo, por vezes chamado de corpo amarelo ou corpo lúteo no ovário, é uma estrutura localizada no ovário. Essa estrutura é formada a partir do folículo que libera o ovócito durante a ovulação.
Quando a ovulação acontece, o corpo lúteo continua em desenvolvimento, estimulado pelos hormônios luteinizantes e folículo estimulante (LH e FSH).
Nesse processo ocorre uma grande liberação dos hormônios estrogênio e progesterona, responsáveis por deixar o endométrio (camada interna que reveste o útero) em condições para que ocorra uma gestação.
Essa fase dura em torno de 14 dias e é chamada de fase lútea. No caso de não haver a fecundação do espermatozoide no óvulo, o corpo lúteo vai se degenerar e reduzir de tamanho, dando origem ao seu processo de cicatrização formado pelo tecido cicatricial ou corpo branco.
Em seguida, ocorre a menstruação. Então o corpo da mulher volta ao ciclo normal até chegar novamente o período menstrual e todo esse processo torna a acontecer na tentativa de uma nova gestação.
Insuficiência do corpo lúteo: como ela interfere para conseguir engravidar
Com base na importância de um bom corpo lúteo para que uma gestação se concretize é preciso entender um pouco sobre a insuficiência do corpo lúteo que pode impedir muitas mulheres de conseguirem engravidar.
Essa insuficiência é caracterizada quando o corpo lúteo não fica tempo suficiente em desenvolvimento, ou seja, menos de 10 dias, sendo que o normal é 14 dias, como mencionado no tópico anterior.
Por que acontece a insuficiência do corpo lúteo?
De acordo com estudos realizados pelo curso de enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso, um dos fatores mais comuns para a insuficiência do corpo lúteo é o fato de o endométrio não estar receptivo o suficiente para que ocorra a implantação do óvulo na parede uterina.
Nesses casos, a produção de progesterona é muito baixa ou por curto tempo, então, como esse hormônio é essencial para a fase lútea, essa fase não vai conseguir se sustentar pelo tempo normal, aumentando consideravelmente o risco de aborto e de infertilidade.
O que também pode ocorrer é a diminuição da produção ou a produção inadequada dos já mencionados LH e FSH, que são os estimulantes do corpo lúteo. Como resultado, o corpo lúteo formado é de má qualidade, o que torna inviável a gestação.
Outros fatores que podem levar à insuficiência do corpo lúteo são alterações ovarianas e doenças endócrinas que ocorrem nas glândulas internas do corpo, como alterações na tireoide ou hiperprolactinemia.
Sintomas de insuficiência do corpo lúteo
As mulheres que têm essa insuficiência, de modo geral, percebem um ou mais dos seguintes sintomas:
- Ciclo menstrual curto (com menos de 24 dias);
- Fase lútea com menos de 10 dias de duração;
- Pequenos sangramentos durante a fase lútea;
- Baixas concentrações de progesterona no sangue;
- Aborto espontâneo;
- Infertilidade e esterilidade.
Como é o diagnóstico?
As mulheres que têm dificuldade de engravidar, mas querem continuar tentando, buscam apoio de um médico especialista. É a partir da consulta médica que a mulher vai aprender a observar melhor o seu ciclo e fazer exames para analisar a presença dos sintomas mencionados no tópico anterior.
O método mais usado por ser o mais preciso na detecção do problema é a biópsia endometrial que é feita um ou dois dias antes de a mulher entrar no período menstrual.
Tratamentos
Depois de diagnosticado que, de fato, a mulher tem essa insuficiência, os tratamentos costumam ser feitos à base de reposição de progesterona, hCG e estradiol, combinados ou isolados.
Também poderá ser recomendado que a mulher aumente, em quantidade recomendada pelo médico, o consumo de carne vermelha, frango, peixe, ovo, leite e derivados, pois esses alimentos ajudam a aumentar a produção natural de progesterona.
O tempo de tratamento e as recomendações detalhadas dependem muito de cada caso, então, quando a mulher não consegue engravidar depois de muitas tentativas, a primeira e mais segura atitude a tomar é procurar o seu ginecologista.