Exame do cotonete: para que serve e quando fazer

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Existe uma série de exames que a mulher deve fazer enquanto está grávida para prevenir doenças no próprio corpo ou no bebê. Um desses exames é para identificar a bactéria estreptococo do grupo B, o chamado exame do cotonete. Veja como ele funciona, quando fazer e por que é importante que toda gestante faça.

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O que é o exame do cotonete?

Esse exame é feito na gestante a fim de identificar a presença da bactéria estreptococo do grupo B no seu organismo. De acordo com o Dr. Igor Padovesi, é comum que essa bactéria esteja no corpo da mãe sem oferecer qualquer risco, pois a saúde da mãe está bem forte.

Mas em casos de um organismo menos resistente, se essa bactéria estiver no canal vaginal, região fetal ou intestinal, poderá ser transmitida para o bebê na hora do parto normal, podendo causar complicações.

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Como e quando é feito o exame do cotonete?

exame do cotonete
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Pelo fato de que o organismo sofre mudanças todos os dias, esse exame é feito somente entre a 35ª e 37ª semana de gestação. Antes disso, poderá apresentar níveis diferentes da bactéria no organismo, tornando-o ineficiente.

Exame simples no laboratório

O exame é feito no laboratório. A gestante deita em uma maca ginecológica e uma enfermeira utilizará um instrumento chamado swab, que se parece com um cotonete, para fazer a coleta de material na região entre a vagina e o ânus. Esse material será analisado para verificar a presença da bactéria.

O que acontece se o resultado for positivo?

O corpo humano é repleto de bactérias e milhares de outros micro-organismos, e muitos deles fazem parte da manutenção diária da saúde. Então, não há com o que se preocupar. Se por acaso a mãe estiver com esse tipo de bactéria, a solução é simples.

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Uso de antibiótico

No caso de o exame de laboratório apresentar resultado positivo para a bactéria, o que se faz é aplicar duas doses de antibiótico no organismo da mulher durante o parto, caso ela faça parto normal. Se for cesárea não é necessário, pois o bebê não terá contato com a bactéria.

Agendar cesárea não é forma de prevenção de contágio

É importante que a gestante esteja ciente de que seu médico não pode recomendar que seja feita uma cesárea só porque o resultado do exame foi positivo. Essa é uma prática antiética e não deve ser aceita, a menos que a própria gestante tenha manifestado a preferência pela cesárea.

Quais as complicações de não fazer o exame do cotonete?

o que pode acontecer se não fizer o exame do cotonete
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Mesmo as gestantes com boa saúde e com a bactéria em seu organismo, têm maior risco de desenvolver infecções pós-parto e de transmitir a bactéria para o bebê na hora do parto normal, fazendo com que ele também possa ter infecções, como:

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Pneumonia

A pneumonia é a inflamação que ataca os alvéolos pulmonares, fazendo o bebê ter dificuldade para respirar e necessitando de internação para tratamento imediato.

Meningite bacteriana

A meningite bacteriana neonatal é a inflamação das meninges, as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. O bebê pode ter febre, irritabilidade, redução da temperatura corporal e também convulsões e respiração rápida. Também é preciso fazer a internação para o tratamento com antibióticos.

Septicemia

Essa condição faz o organismo ter uma resposta exagerada ao ataque de bactérias, fungos ou vírus quando entram no corpo do bebê, dificultando o funcionamento do corpo. Febre, pressão arterial reduzida e problemas com a respiração são alguns dos sintomas. É uma condição igualmente séria e grave, necessitando de atendimento médico imediato.

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Osteomielite

A osteomielite é uma infecção óssea que a bactéria streptococos B também pode causar ao entrar no organismo do bebê durante seu nascimento. É perigoso que a bactéria se espalhe pela corrente sanguínea e cause complicações. Também necessita de tratamento antibiótico.

Infecções antes do parto

Em 10 a 30% dos casos, a bactéria pode colonizar a urina, causando infecção urinária na gestante. É importante avisar ao médico para evitar que afete o bebê.

Também pode ocorrer a infecção do líquido amniótico quando a mãe está infectada e a bolsa se rompe logo no início do trabalho de parto, sem que tenha sido medicada a tempo. O tratamento, então, será feito depois, no bebê.

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