Métodos contraceptivos: Quais os mais eficazes para não engravidar?
Métodos contraceptivos é um tema que causa muitas dúvidas em muitas mulheres, uma vez que existem diversos tipos de anticoncepcionais disponíveis. Esses métodos têm como objetivo impedir que a mulher engravide após uma relação sexual, embora às vezes apenas reduza substancialmente as chances de isso acontecer.
Há métodos contraceptivos gratuitos e quase rudimentares, como a famosa tabelinha ou mesmo o coito interrompido. Esses, obviamente, não têm garantia de eficácia. Os mais complexos e relacionados à medicina, como as pílulas e o DIU, são mais eficazes. Há, ainda, os definitivos, como a vasectomia ou a ligadura das trompas, visto que deixam homens e mulheres estéreis.
Conteúdos
Quais métodos contraceptivos existem?

Existem em torno de mais de uma dezena de métodos contraceptivos. Toda mulher se pergunta qual o mais indicado, mas isso depende muito de seus objetivos, do seu nível hormonal e de sua saúde. Esses anticoncepcionais se dividem em tipos, portanto fica mais fácil entender como funcionam e qual eficácia têm. Veja abaixo!
Métodos contraceptivos hormonais
Os métodos contraceptivos hormonais estão baseados na utilização de hormônios sexuais femininos para manipular o ciclo menstrual. Esses hormônios são a progesterona e o estrogênio. Anticoncepcionais hormonais são muito eficazes no impedimento da gravidez, embora não protejam contra DSTs. Confira quais são os métodos hormonais a seguir.
1. Pílula
A pílula é, junto à camisinha, o anticoncepcional mais popular no mundo todo. Ela precisa ser tomada todos os dias, sem haver falhas. Havendo falhas, sua eficácia é reduzida. Como ela manipula o ciclo ovulário, deve ser tomada sob orientação médica. A pílula ainda atua no controle de cólicas menstruais, além de regular a TPM e a menstruação.
Esteja atenta, contudo, pois os medicamentos que têm doses mais altas de estrogênio podem provocar efeitos colaterais. Trombose e complicações cardiovasculares são coisas incomuns, mas que podem acontecer.
2. Minipílula
Igual ao sistema da pílula norma, a minipílula surgiu com o intuito de diminuir os efeitos colaterais da sua antecessora. Ela contém apenas a progesterona e é tão eficaz quanto o método anterior. O problema é que ela exige que a mulher seja pontual na ingestão da minipílula. Um mínimo atraso de 3 horas pode cortar totalmente o efeito do anticoncepcional.
3. Anticoncepcional injetável
Esse método hormonal é o que utiliza injeção. Os hormônios são injetados em um intervalo de 30 a 90 dias. Há os que injetam progesterona apenas e outros que injetam progesterona e estrogênio. Os efeitos são iguais ao da pílula, com o diferencial de que em alguns casos a menstruação é suprimida.
4. Implante
Um fino bastão de plástico é implantado embaixo da pele. Ele contém uma forma sintética de progesterona, que é liberada aos poucos pela corrente sanguínea. Sua eficácia gira em torno de 99,95%. O efeito dura em torno de 3 anos, sendo, portanto, ideal para quem quer contracepção duradoura, mas não definitiva.
O maior contra desse método é o preço: no Brasil ele pode custar até R$ 700.
5. Dispositivo intrauterino (DIU)
O DIU é um dispositivo de plástico em formato de T, que é inserido no útero da mulher. Há o DIU revestido de cobre e o revestido por progesterona. Uma vez que esse dispositivo é implantado, pode permanecer entre 5 e 10 anos no interior da mulher, a depender do tipo colocado. Ele é altamente eficaz como contraceptivo.
Métodos contraceptivos barreira

Os métodos contraceptivos de barreira têm esse nome porque proporcionam uma barreira química ou física entre o esperma e o útero da mulher. Saiba a seguir quais são eles.
1. Camisinha masculina
Esse é, sem dúvida, um dos métodos mais populares em todo o mundo. Não há efeitos colaterais de relevância, embora haja homens ou mulheres que sejam alérgicas ao látex. Para essas pessoas há camisinhas feitas com outros materiais. Além da eficácia para evitar a fecundação dos óvulos, a camisinha é o melhor para prevenir DSTs, como a AIDS.
Importante ressaltar: a mulher não deve obrigar-se a ter relações sexuais com seu parceiro sem camisinha se ela achar que é necessário.
2. Camisinha feminina
A camisinha feminina é bem menos popular que a masculina. Ela é menos utilizada porque sua utilização é menos simples que a dos homens, além de ser menos eficaz.
3. Diafragma
O diafragma é um método que consiste na colocação de uma cúpula de silicone à frente do colo do útero. Ela impede que o esperma chegue onde fecunda os óvulos. Existem diversos tamanhos de diafragmas, que devem ser escolhidos de acordo com o corpo da mulher para que funcione corretamente.
4. Espermicida
Esse é o único anticoncepcional de barreira que cria uma barreira química entre o esperma e o útero. Mas ele não deve ser usado sem o auxílio de outro método, como a camisinha ou o diafragma, visto que e eficácia é baixa sozinho. A aplicação é na forma de um gel vaginal, que será introduzido na vagina pelo menos 10 a 30 minutos antes da relação sexual. A retirada do espermicida deve ocorrer apenas 6 horas depois.
É comum que haja irritação vaginal ao utilizar esse método ou mesmo vaginose bacteriana. O espermicida não protege das DSTs e até aumenta a chance de contágio nas mulheres.
Métodos contraceptivos cirúrgicos
Os métodos cirúrgicos são aqueles considerados definitivos, permanentes, pois esterilizam o homem ou a mulher. Apesar de reversíveis em determinados casos, não é garantido que o indivíduo volte a ser fértil. É por isso que os médicos orientam que esses métodos sejam adotados em pessoas mais velhas. Veja abaixo quais são eles.
1. Vasectomia
A vasectomia é o processo cirúrgico que esteriliza o homem. Ele impede a liberação de espermatozóide no líquido da ejaculação. Em termos de método contraceptivo masculino, é o mais eficaz que existe. Esse método não afeta a libido, não prejudica a ejaculação nem provoca impotência.
2. Ligadura das trompas
Esse método, por sua vez, esteriliza a mulher, sendo o anticoncepcional feminino definitivo. Consiste na interrupção do caminho de ambas as trompas, ou seja: impede que os espermatozóides cheguem aos óvulos liberados pelos ovários. Esse procedimento não altera nada no ciclo menstrual e não impede a ovulação.
Métodos contraceptivos naturais
Os métodos contraceptivos naturais se baseiam em duas técnicas: controle da tabelinha do período fértil e a prática do coito interrompido. A eficácia desses métodos não tem como ser medida ou garantida, uma vez que, no caso da tabela, se baseia em algo instável.
Quanto ao coito interrompido, há muitas chances de o homem soltar líquidos pelo pênis que contenham espermatozóides. Mesmo que a penetração seja interrompida antes haver ejaculação, não há como garantir que não haverá liberação de esperma. Dessa forma é mais prudente usar métodos contraceptivos mais eficazes.
Método contraceptivo de emergência

Mais conhecido como “pílula do dia seguinte”, esse método é utilizado quando há alguma falha na proteção contra a gravidez. Essas pílulas podem ser usadas até 5 dias depois da relação sexual, mas a cada dia que passa seu efeito diminui.
Ainda que ela garanta 100% de certeza de que não haverá gravidez se tomada após um dia da relação sexual, há a possibilidade de falhar. Médicos não recomendam sua utilização constante, pois ela tem muito hormônio e causa efeitos colaterais. Dor nas mamas, diarreia, sangramento vaginal e descontrole menstrual são alguns deles.
O importante é que mulheres e homens procurem os métodos contraceptivos mais indicados ao seu organismo, estilo de vida e mesmo preferência. É ainda mais importante que todo esse processo contraceptivo seja acompanhado por um médico.
Vale lembrar também que a gravidez não diz respeito apenas à mulher, pois crianças são geradas por ela e pelo homem. É obrigação do homem, portanto, se envolver, participar e também se proteger se o desejo é evitar que haja concepção de um bebê.
Veja abaixo mais informações sobre os anticoncepcionais:
Fonte: Scielo