Nanismo em crianças: a história de Abigail Lee e outros tipos de nanismo

Existem apenas 150 casos da mesma patologia de Abigail em todo o mundo

Crédito: Reprodução Daily Mail

Existem vários tipos de nanismo, e um deles é o Nanismo Osteodisplásico Microcefálico Primordial Tipo II, condição rara diagnosticada na pequena Abigail Lee, de 2 anos de idade, mas que não irá ultrapassar os 60 centímetros de altura.

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Ainda durante a gestação, Emily Lee, mãe de Abigail, soube que seu bebê não estava crescendo conforme o esperado. Naquela altura, ainda não dava para saber o motivo.

No entanto, a gestação correu bem, apesar de a pequena Abigail ter nascido com apenas 900 gramas. Hoje em dia, com 2 anos e apenas 3 quilos, sua estatura não mudou muito desde quando ela nasceu, e isso já causa alguma preocupação na mãe.

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“Ela só cabe em roupas de recém-nascido. Não sei o que faremos quando ela tiver idade suficiente para me dizer que não quer mais usar macacões”, desabafou Emily.

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De acordo com a mãe de Abigail, a pequena consegue comer como uma criança de sua idade, mas devido à baixa estatura, ela não consegue realizar várias atividades que deveria conseguir aos 2 anos. Os brinquedos são tão grandes que ela consegue se sentar junto com as Barbies em uma mesinha feita para as bonecas.

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Além no nanismo, Abigail tem problemas no quadril e de visão. Ela recebe muito amor e cuidado em casa, tanto dos pais quanto da irmãzinha mais velha de 4 anos que já entende as necessidades dela.

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Como existem apenas 150 casos dessa mesma patologia em todo o mundo, Emily sente falta de ter exemplos de outros pais para saber o que fazer com sua filha em várias situações do dia a dia.

Outros tipos de nanismo

Entre os tipos de nanismo, há duas subdivisões principais mais conhecidas: uma é o nanismo proporcional ou pituitário. Nesse tipo, a pessoa tem todas as partes do corpo em tamanho proporcional à altura, só que pequeno, como é o caso de Abigail.

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A outra é o nanismo desproporcional ou acondroplásico, no qual algumas partes do corpo possuem tamanho igual ou superior ao que seria esperado, o que cria a sensação de desproporcionalidade com relação à altura.

Ambos os tipos de nanismo podem ser causados por fatores genéticos, hormonais, nutricionais ou ambientais. No caso de Abigail, não havia outro caso conhecido na família, o que descarta a possibilidade de causa genética.

Os diferentes tipos de nanismo são identificados nos exames de pré-natal ou ao nascimento, confirmando através de exames específicos nas primeiras consultas com o pediatra.

Causas e características principais

Nas crianças que nascem com nanismo proporcional, a principal causa é uma alteração na produção de hormônios. Por isso, a criança apresenta crescimento inferior à terceira curva de percentil pediátrico, desenvolvimento geral inferior ao normal e atraso no desenvolvimento sexual durante a adolescência.

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No caso do nanismo desproporcional, a causa é uma alteração na formação de cartilagem, chamada de acondroplasia. Por conta disso, a criança apresenta tronco de tamanho normal, pernas e braços curtos (principalmente na região do antebraço e coxas), dedos pequenos com espaço maior entre o dedo médio e anelar, dificuldade ao dobrar o cotovelo e cabeça muito grande para o corpo.

Esse tipo de nanismo também pode ser provocado por mutações nos cromossomos ou má-nutrição, e nesses casos, podem surgir as características de problemas de visão, deformidades dos lábios, pescoço curto, peito arredondado ou deformidades dos pés.

Possíveis tratamentos

Cada caso diagnosticado de nanismo deve ser avaliado e acompanhado de forma individual, pois tem suas particularidades. Em alguns casos há tratamentos para melhorar certas características e a qualidade de vida, e esses tratamentos são os seguintes:

  • Terapia hormonal: pode ser uma opção em casos de nanismo por deficiência do hormônio de crescimento. É feita com injeções diárias do hormônio, que podem ajudar a diminuir a diferença de altura.
  • Cirurgia: serve para ajudar a corrigir alterações na direção de crescimento de alguns ossos e promover o alongamento ósseo, quando possível.
  • Aumento dos braços ou pernas: é um tratamento para nanismo desproporcional pouco usado, mas há casos de sucesso. O médico faz uma ou algumas cirurgias para alongar os membros que estão desproporcionais ao restante do corpo.

Artigo com informações do Daily Mail