Você sabe se tomar pílula anticoncepcional é 100% seguro?
A pílula anticoncepcional é, ao lado da camisinha, um dos métodos contraceptivos mais populares em todo o mundo. Ela chegou ao mercado por volta de 1960. Isso representou para as mulheres um progresso sem precedentes em seus direitos reprodutivos e sexuais. Pela primeira vez em toda a história elas podiam decidir sobre sua vida reprodutiva.
As primeiras pílulas, contudo, possuíam uma taxa muito elevada de hormônios. Isso causava efeitos colaterais incômodos e mesmo perigosos às mulheres. Após pressão de grupos feministas nos Estados Unidos e na Europa, os cientistas se dispuseram a estudar mais sobre a pílula anticoncepcional e a informar as mulheres sobre seus riscos.
Atualmente, depois de quase 60 anos de estudos, chegou-se a versões melhoradas da pílula. Hoje, por exemplo, há algumas que contêm 15 microgramas de estrogênio, o que não é nada se comparar aos 150 da primeira pílula anticoncepcional lançada no mercado. A questão é: esse método contraceptivo é 100% seguro?
Pílula anticoncepcional
Existem muitos mitos em torno da pílula por aí. Isso, por consequência, confunde muitas mulheres, principalmente quando começam a utilizar esse método. A primeira pergunta que a maioria das pessoas se faz em relação a esse assunto é sobre a eficácia desse método. Saiba que, apesar de eficaz, sua taxa de eficiência está em 99,8.
Para algumas mulheres isso pode significar 100% de prevenção contra a gravidez. O fato é que tudo vai depender da forma como você usa a pílula e de diversos outros fatores. Outra questão importante a ser analisada é o tipo de pílula que você vai usar, que deve estar de acordo com seu organismo, necessidade ou objetivo. Por isso consulte sempre um médico.
Veja abaixo vantagens e desvantagens da pílula anticoncepcional:
Vantagens:
- Muito eficaz se usada corretamente;
- Simples de usar;
- Não interfere na vida sexual;
- Pode reduzir o fluxo menstrual e efeitos colaterais da menstruação;
- O uso pode ser contínuo, por tempo indeterminado.
Desvantagens:
- Pode causar cefaleia em algumas mulheres, bem como alteração de humor;
- Precisa ser tomada de acordo as indicações corretas;
- Pode ocorrer alteração de peso em algumas mulheres;
- Pode alterar o ciclo menstrual;
- Apesar de incomum, algumas mulheres sofrem aumento da pressão arterial após uso da pílula:
- Trombose, ataque cardíaco e AVCs podem ocorrer;
- Não serve como proteção a doenças sexualmente transmissíveis.
Como tomar anticoncepcional
Primeiramente é necessário realizar uma consulta com um ginecologista. Converse sobre todos seus anseios e tire todas as dúvidas com o médico. Afinal, a pílula que aquela colega do trabalho toma pode não ser a melhor para o seu organismo. Portanto decida junto a um especialista qual anticoncepcional irá tomar.
A orientação mais comum é que se inicie o tratamento com a pílula no princípio do ciclo menstrual. Por 20 dias é indispensável tomar o anticoncepcional no mesmo horário. Quando terminar a cartela, pare por 7 dias, para que ocorra a menstruação. Assim que a menstruação terminar, inicie a segunda cartela e assim por diante.
Não esqueça: a eficácia depende de tomar a pílula de acordo com a orientação médica
É realmente muito importante não esquecer de tomar a pílula no horário correto. A eficácia desse método depende 100% de sua utilização adequada. Se esquecer de tomar no horário certo, tome assim que lembrar. Se houver passado mais de 12 horas, busque orientações junto ao ginecologista.
Outra questão relevante a respeito da eficácia da pílula que alguns casais esquecem é que tomar antibióticos corta o efeito. E isso é imediato. Portanto, se estiver sob tratamento médico com esses remédios, use camisinha. O mesmo vale para caso troque de pílula. Nas primeiras semanas após a troca o preservativo deve ser utilizado.
Se houver vômito ou diarreia logo após a ingestão da pílula, também há chance de o efeito ser cortado. Isso ocorre porque o corpo não absorve alguns nutrientes nesses quadros, inclusive os hormônios das pílulas.
Qual o melhor anticoncepcional?
Apesar de os corpos das mulheres serem biologicamente iguais, cada organismo é único. Por isso não espere que todas as pílulas sejam iguais. Por isso a importância de consultar um especialista, que irá, a partir de seu perfil, definir qual o melhor anticoncepcional para você.
Primeiro entenda que existe dois tipos de pílula: a simples e a combinada. A simples contém apenas um hormônio, a progesterona. Ela age sobre a camada interna do útero e no muco cervical. A principal função é impedir a entrada do espermatozoide no útero. Ela tem menos efeitos colaterais que a combinada e quase não atua nos ovários.
A combinada contém estrogênio e progesterona. O que varia de pílula combinada para pílula combinada são os tipos de cada hormônio. Todas inibem a ovulação, o que reduz a menstruação e elimina as cólicas menstruais. Seu uso causa cefaleia, retenção de líquidos e gastrite.
Veja abaixo os melhores tipos de anticoncepcionais do mercado:
- Allestra 20 ou 30;
- Cerazette;
- Tâmisa;
- Mercilon;
- Diminut;
- Siblima;
- Selene;
- Yaz;
- Yasmin;
- Elani Ciclo;
- Diane 35;
- Ciclo 21.
O preço dessas pílulas varia de região para região do Brasil. Você pode encontrar o Ciclo 21, por exemplo, por R$ 3, e o Cerazette por R$ 40. Antes de iniciar o tratamento com qualquer um desses anticoncepcionais, consulte um médico. Cada tipo de pílula tem uma composição diferente e atua de modo diferente no organismo de cada mulher.
Se quer saber mais sobre a gravidez em mulheres que tomam a pílula anticoncepcional, assista a esse vídeo: