Ultrassons na gravidez: quando fazer e para que servem?

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Mesmo as mamães de primeira viagem, ao descobrirem que estão grávidas, já sabem que um dos principais exames a serem feitos durante a gestação é a ultrassonografia. Esse é um exame bastante popular, mas ainda assim é importante saber mais detalhes a respeito. Veja a seguir como funcionam os ultrassons na gravidez, quando devem começar a ser feitos e quantos são necessários para acompanhar o desenvolvimento do feto.

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Ultrassons na gravidez: para que serve esse exame?

O exame de ultrassonografia, também conhecido por ecografia, é um exame de imagem que permite, no caso de uma gestação, verificar o formato e os movimentos do bebê em tempo real. É esse exame que, por volta da vigésima semana de gestação, permite identificar o sexo do bebê. Os ultrassons na gravidez são muito importantes para fazer esse acompanhamento do desenvolvimento do feto, ouvindo seu coraçãozinho e verificando se existem determinados tipos de anormalidade intrauterina.

Quando fazer os ultrassons na gravidez e o que cada um identifica

quando fazer os ultrassons na gravidez
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De modo geral, a gestante deve fazer, pelo menos, 4 exames de ultrassonografia durante a gravidez. Mas se quiser fazer mais, não há problema. No caso de necessidade, certamente o obstetra irá realizar o exame sem que a gestante precise solicitar.

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1º exame de ultrassom

O primeiro ultrassom realizado na gestante costuma ocorrer entre a 5ª e a 8ª semanas de gestação. Ele é feito para verificar a quantidade de embriões fecundados, a localização deles no útero e para determinar o tempo real da gestação, já que muitas mulheres descobrem que estão grávidas sem saber a data exata em que ocorreu a fecundação.

É comum que a partir da 6ª semana já se consiga ouvir o coração do bebê, então, caso ainda não seja possível nesse primeiro exame, pode indicar que a mulher está grávida a menos tempo do que imagina.

Geralmente esse primeiro exame é realizado via transvaginal para que seja possível obter uma visualização mais clara do interior do útero, já que o feto está com apenas alguns milímetros. Se, ainda assim, o médico não conseguir uma clara visualização do útero, poderá fazer também o ultrassom abdominal para complementar.

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2º exame de ultrassom

Entre a 11ª e a 14ª semanas de gestação a mulher deverá realizar a segunda ultrassonografia. Nesse exame o médico já deverá conseguir observar detalhes da anatomia do feto, saber sobre o risco de alguma doença genética e realizar a translucência nucal.

Ele é chamado de ecografia morfológica do primeiro trimestre. A translucência nucal é a medição do espaço na região do pescoço do bebê que é capaz de determinar problemas em cromossomos, como ocorre na síndrome de Down.

De modo geral, até a 14ª semana ainda não é possível identificar o sexo do bebê. Então, se os pais estiverem muito ansiosos para saber, podem realizar um novo exame depois de duas semanas.

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3º exame de ultrassom

O terceiro dos ultrassons na gravidez é um exame que ocorre entre as semanas 20 e 24. Nessa fase da gestação o exame consegue identificar a existência de malformações variadas, desde um lábio leporino até doenças nos órgãos internos. Cerca de 80% dos distúrbios podem ser detectados com esse terceiro ultrassom.

Nessa fase o médico também irá realizar uma avaliação das condições da placenta utilizando o recurso chamado doppler, usado para avaliar a circulação sanguínea. É importante fazer essa avaliação para saber se o feto está recebendo a quantidade necessária de nutrientes por meio do sangue da mãe.

Além dessas condições, junto com esse exame podem ser avaliadas as boas condições do líquido amniótico e um ultrassom transvaginal para medir o colo do útero. Assim, o médico consegue avaliar o risco de um parto prematuro, entre as semanas 24 e 30, que são as mais perigosas no caso de prematuridade. Se detectar que existe esse risco, o médico terá tempo para prescrever os cuidados que a gestante deve ter nesse período.

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4º exame de ultrassom

Entre os ultrassons na gravidez esse é chamado de ultrassom obstétrico e tem como principal objetivo avaliar o crescimento do bebê. Nesse exame, que ocorre entre a 28ª e 32ª semanas, também é possível detectar alguma malformação que não foi detectada anteriormente, como hidrocefalia, que pode ficar visível somente ao final da gestação.

Como está mais próximo do nascimento, o médico também dará uma atenção especial à placenta, verificando a circulação de sangue nela e uma possível necessidade de adiantamento do parto. Nessa fase a placenta já deverá estar em sua posição definitiva, preparada para o nascimento.

É possível fazer ultrassons na gravidez pelo SUS?

sus oferece ultrassons na gravidez
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Sim, é possível e é um direito de toda gestante. O Ministério da Saúde lançou, em 2011, a Rede Cegonha, uma estratégia que visa garantir que toda mulher grávida tenha acompanhamento gratuito pelo SUS, ao longo da gestação e até 28 dias após o parto. Nesse acompanhamento ela irá receber todas as orientações e cuidados necessários a ela e ao bebê.

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Para garantir seus direitos, é importante que a gestante vá até a Unidade Básica de Saúde da sua região de residência para se cadastrar no Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (SispreNatal). Ela terá direito não apenas aos ultrassons na gravidez, dentro desse limite considerado necessário, como também a todos os exames de sangue, determinados medicamentos e outros auxílios, conforme necessidade.