Vamos falar sobre a maternidade real?

Eles são lindos, esperados, amados, planejados ou não. Um bebê é um universo de possibilidades, mas a consciência de que a mudança na vida dos pais será para sempre, parece, pela primeira vez soar. E é forte a onda que demonstra todos os ângulos da maternidade, inclusive aqueles que parecem ter menos glamour.

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As mães, principalmente as de primeira viagem, usam os recursos que têm para demonstrar o que tem sido chamado de “maternidade real”. Ou seja, longe dos babadinhos, leitinho e tantos diminutivos, há dor, há dúvida e, muito, mas muito medo.

Compartilhar as experiências não é, nem de longe, uma forma de desencorajar quem quer e pode ser mãe. Mais que nunca, a maternidade é encarada como uma escolha e não uma imposição social e unilateral.

E como opção, por que não demonstrar a quem ainda não passou pela experiência o que, realmente as espera?

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Confira um resumo do que as mães têm desabafado em seus perfis nas redes sociais:

1. Por que ninguém conta a verdade? A verdade sobre ser mãe deveria ser compartilhada de maneira real e não apenas resumida a alertas de noites mal dormidas.

2. A maternidade deveria ser melhor explicada como um processo, falando a verdade sobre o que, realmente, as pessoas passarão.

3. Ser mãe é ir além das aulas de educação sexual. As coisas não param ali.

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4. O bebê, embora esperado, pode não ser amado automaticamente assim que ganha o mundo.

5. Há quem não consiga processar em segundos a mudança que aquela criança trará.

6. Qualquer tipo de parto resulta em dor que vai além do momento do nascimento. Se for normal, os pontos na vagina podem ser insuportáveis. Quem faz cesariana ainda precisa de uma recuperação maior.

7. Independente do tipo de parto e como o corpo fica após o fim dele, o bebê sente fome, chora, faz xixi e cocô.

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8. Independente da dor dos pontos, seja lá onde estiverem, é preciso trocar as fraldas e amamentar.

9. Dar de mamar pode não ser tão ser a coisa mais linda do mundo quando o peito está todo fissurado por ser sugado com tanta força e continuamente.

10. Amamentar é mesmo um ato de amor. O peito dói, o leite empedra, pode dar febre e o bebê não sabe de nada disso. Ele quer mamar.

11. A mãe vai se ver ou não querer se ver: despenteada, com a roupa cheirando leite, xixi, cocô e vômito sem ter a oportunidade de tomar um banho longo e relaxante.

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12. Se ela tiver um companheiro, será capaz de odiá-lo por ele, apesar de tudo, pode não estar em total sintonia com os cuidados do bebê.

13. O universo dela vai girar em torno da pega perfeita do peito, da concha para armazenar leite, das roupinhas, de promoções de fraldas.

14. Ela vai se sentir sozinha e, provavelmente, vai chorar.

15. Os palpiteiros de plantão serão muitos. Eles sabem tudo sobre criar bebês e darão os conselhos que ela não vai pedir sobre um filho que não é deles. Farão isso simplesmente por fazer.

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16. A mãe vai sentir vontade de fazer coisas simples, como ir ao banheiro sozinha e, ao menos uma vez ao dia, fechar a porta. Talvez esqueça de escovar os dentes.

17. Enquanto o bebê lhe suga o seio, ela vai ter saudades do antigo corpo, sem aquelas marcas e vai fazer um esforço grande para dizer que tudo aquilo valeu a pena, porque valeu.

18. Vai se ver em uma moldura escura chamada olheira.

19. Ela vai entender que não terá calma sempre e que a busca da tranquilidade será um exercício constante.

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20. Quando, finalmente, o bebê dormir, ela vai perder o tempo de descanso contemplando aquela coisinha pequena sem conseguir ficar longe.

21. Ela terá medo de não vigiar o sono dele e vai sentir saudades de ser solicitada.

22. Com certeza, ela vai se julgar a pior mãe do mundo.

23. Com toda a certeza, ela será a mãe do filho mais lindo e inteligente do mundo.

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E o pior de tudo. Eles vão crescer, ela não vai perceber e ficará absolutamente triste, porque ninguém lhe explicou como seria quando eles resolvem ir embora.

Esse texto não tem a intenção de falar mal da maternidade, ou nada do tipo. É apenas um aviso de que as mães não precisam ser perfeitas o tempo todo. Está tudo bem ter dúvidas e crises. E por que não falar mais sobre isso?